Absolar defende investimentos e benefícios da GD no Brasil
Enquanto as discussões em torno das declarações do presidente Bolsonaro sobre a revisão das regras para geração distribuída estavam ocorrendo nas últimas semanas, a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) publicou um estudo que mostra a devolução de mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, ambientais e sociais para cada R$ 1 empregado em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes.
Os indicadores usados na pesquisa têm relação com incrementos de arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais consequentes de investimentos. Além disso, foram levados em conta projetos desenvolvidos desde 2012 e geração de emprego e renda no Brasil.
Segundo a instituição, o resultado do último ano aponta para 100 mil empregos gerados através do surgimento de 92 postos de trabalho no segmento por dia no País. Atualmente, o Brasil possui 1,9 GW de potência empregados em diversos lugares, correspondentes a 70% dos munícipios. Desde a regulamentação da GD pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram investidos R$ 8,4 bilhões em geração solar.
A Associação Brasileira de Distribuição de Energia Elétrica (Abradee), por outro lado, argumentou, através de nota, em favor da revisão das REN 482/2012 e declarou que, com manutenção dos subsídios atuais, em dois anos, o custo chegará a R$ 2,5 bilhões anuais concedidos a mais de 600 mil beneficiados.
Além disso, a Absolar defende inúmeros benefícios com a manutenção das normas, como ganhos pela energia evitada, diminuição de perdas de transmissão e distribuição, além da redução de contratos de novas usinas de geração. Esses fatores renderiam cerca de R$ 13,3 bilhões pela GD solar fotovoltaica em benefícios líquidos para os consumidores do setor elétrico até 2035.
Rodrigo Sauia, CEO da Absolar, defende a valorização dos benefícios da indústria solar e enfatiza que 93% dos brasileiros procuram por energia limpa e renovável. Esse dado está sendo levado em conta no Congresso e Executivo, por isso a importância de estabelecer uma legislação transparente, estável, previsível e justa, pois assim seria extinta a insegurança jurídica que ronda o setor e o mercado.